Emissões de gases com efeito estufa atingem novos máximos
O ritmo da subida do nível de emissões de gases com efeito estufa no ano passado esteve acima da média dos registados na última década, afirma um novo relatório da Organização Meteorológica Mundial, citado pelo diário britânico Guardian.
“Não há sinais de abrandamento, e muito menos de uma descida, apesar dos compromissos feitos ao abrigo do Acordo de Paris sobre alterações climáticas”, afirmou Petteri Taalas, o secretário-geral desta agência das Nações Unidas.
Segundo o relatório (link is external) publicado esta segunda-feira, a concentração de CO2 na atmosfera atingiu 407.8 partes por milhão em 2018, uma subida gave às 405.5ppm em 2017. As concentrações de metano e óxido nitroso, outros gases que produzem efeito estufa, também subiram em 2018 acima da média registada na última década.
“Vale a pena lembrar que a última vez que a Terra assistiu a uma concentração semelhante de dióxido de carbono foi há 3-5 milhões de anos atrás. Então a temperatura era 2 a 3 graus acima da de hoje e o nível do mal 10 a 20 metros mais alto”, avisa Petteri Tallas.
Este relatório, tal como o publicado em novembro pelo Universal Ecological Fund, vem demonstrar uma vez mais a insuficiência dos objetivos e metas traçadas pelos países poluidores em 2015 na Cimeira de Paris. Também nesse mês, um relatório do Programa Ambiental da ONU e outras organizações concluiu que os planos anunciados para a extração até 2030 de combustíveis fósseis significavam mais do dobro do exigido para cumprir o compromisso de evitar uma subida da temperatura média global superior a 1.5ºC. O estudo baseou-se nos planos que são públicos por parte da Austrália, Canadá, Rússia, EUA, China, Índia, Indonésia e Noruega, países que representam 60% da produção mundial. Como os planos de outros grandes produtores, como a Arábia Saudita e Irão, não são públicos, o estudo assumiu que manterão a mesma quota de produção nos próximos anos.
Por Esquerda
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