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Satélites mostram que derretimento do gelo da Terra está batendo recordes

As alterações climáticas provocadas pelo aquecimento global vêm fazendo com que as geleiras derretam mais rápido que o normal, chegando a reduzir a quantidade de gelo existente no mundo todo. E, de acordo com uma pesquisa publicada na revista científica The Cryosphere, realizada por cientistas da Universidade de Leeds, no Reino Unido, o nosso planeta está perdendo gelo em tempo recorde.

O estudo da Agência Espacial Europeia (ESA), desenvolvido a partir de dados dos satélites ERS, Envisat e CryoSat e também das missões Sentinel-1 e Sentinel-2, descobriu que, nas três últimas décadas, a taxa de perda de gelo no mundo aumentou de 0,8 trilhão de toneladas por ano na década de 1990 para 1,3 trilhão em 2017. Segundo a pesquisa, houve um aumento de 25% nas taxas de redução de gelo ao longo de 23 anos, e parte da perda aconteceu no derretimento excessivo das mantas de gelo na Antártida e na Groenlândia.

Imagem: Reprodução/Jeremy Harbeck/NASA

Thomas Slater, principal autor do estudo, diz que, ainda que todas as regiões tenham apresentado a perda de gelo, as camadas polares da Groenlândia e da Antártida foram as mais prejudicadas. Com os derretimentos, o planeta corre o risco de ter mais inundações nas comunidades que vivem próximas às costas devido à elevação do nível do mar. Com isso, a população terá que enfrentar ainda mais problemas sociais, econômicos e de meio ambiente.

A pesquisa é a primeira do tipo a observar satélites para analisar o desaparecimento de gelo da Terra, cobrindo 215 mil montanhas glaciais espalhadas pelo planeta, além das camadas de gelo na Antártida e na Groenlândia, das plataformas de gelo que estão flutuando ao redor da Antártida e das plataformas de gelo do mar nos oceanos Ártico e Meridional.

O aumento do derretimento das camadas de gelo é consequência do aquecimento da Terra, que, desde a década de 1980, vem ficando entre 0,26°C a 0,12°C mais quente por década. Durante o período do estudo, houve uma perda de 7.6 trilhões de toneladas de gelo do Ártico e de 6,5 trilhões de toneladas de plataformas de gelo da Antártica.

Imagem: Reprodução/Jairo Gallegos/Unsplash

O gelo do mar não é uma contribuição direta para o aumento do nível do mar, mas é uma influência direta para o fenômeno, uma vez que a sua função é refletir a radiação de volta ao espaço para que o Ártico continue frio. Então, quando mais o gelo marinho é reduzido, mais energia solar é absorvida pelos oceanos e pela atmosfera, com a região se aquecendo mais rápido que qualquer outro lugar da Terra.

Ainda segundo a pesquisa, metade das perdas foram de gelo em terra, sendo cerca de 6,1 trilhões de toneladas de montanhas glaciais, 3,8 toneladas das camadas de gelo na Groenlândia e 2,5 trilhões de toneladas das camadas da Antártida. Juntas, essas reduções elevaram o nível global do mar em 35 milímetros, e a cada centímetro de aumento coloca em risco cerca de um milhão de pessoas que vivem nessas regiões.

Por Canaltech

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