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Mudanças climáticas podem aumentar o risco de incêndios florestais

Cientistas da Universidade de East Anglia (UEA), do Met Office Hadley Center, da Universidade de Exeter e do Imperial College London realizaram uma Revisão Científica de 57 artigos, publicados desde o Quinto Relatório de Avaliação do IPCC em 2013, com o objetivo de provar as ligações entre as mudanças climáticas e o aumento da ocorrência de incêndios. Os relatórios do IPCC são a principal referência científica para os estudos sobre mudança do clima, desde os anos 1990.

Os pesquisadores afirmam que a elevação da temperatura global, as frequentes ondas de calor e as secas, são condições que favorecem a probabilidade de incêndios florestais. Os 57 artigos analisados pelos cientistas ​​mostram claramente que o aquecimento induzido por humanos já levou a um aumento global na frequência e severidade do clima de incêndio, ou seja, quando há uma combinação de altas temperaturas, baixa umidade, baixa precipitação e ventos fortes. “Isso foi observado em muitas regiões, incluindo o oeste dos Estados Unidos e Canadá, sul da Europa, Escandinávia e Amazônia. O aquecimento provocado por atividades humanas também está contribuindo para elevar os riscos de incêndio em outras regiões, incluindo Sibéria e Austrália” disse um dos principais autores da revisão, Dr. Matthew Jones, pesquisador da UEA.

Amazônia em risco

Um outro estudo realizado por pesquisadores do Brasil e dos Estados Unidos, e que foi publicado no periódico Science Advances, mostra que os desmatamentos e incêndios na Floresta Amazônica, podem torná-la uma importante fonte emissora de dióxido carbono até 2050.

Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram simulações gráficas, levando em conta variáveis ​​como quantidade de chuva, desmatamento, aumento da temperatura e seca. Eles observaram que uma elevação de temperatura na bacia do rio Amazonas, pode tornar a floresta mais seca. Sob condições normais, um incêndio na floresta não queimaria por muito tempo, devido à umidade. Com o ambiente em condições mais secas, a ocorrência de incêndios de maiores proporções e mais duradouros, pode ser bem maior.

Os pesquisadores realizaram simulações sob diferentes condições para obter uma melhor compreensão dos possíveis resultados para a região. A conclusão foi que, se o desmatamento continuar no ritmo atual, o clima seco possibilitará a queima de aproximadamente 16% da floresta, principalmente no sul da Amazônia brasileira, até 2050.

Com essa quantidade de floresta perdida, a Amazônia deixa de ser uma importante sequestradora de carbono e passa a ser fonte emissora. Como consequência, o planeta se tornaria mais quente, por conta do aumento de gases de efeito estufa na atmosfera.

A solução para este problema está em uma atitude: frear o desmatamento. Os pesquisadores relatam que, de acordo com as suas simulações, se o desmatamento fosse interrompido agora a quantidade de floresta perdida para o fogo seria reduzida em 30%, em comparação com os dados atuais.

Por Pensamento Verde

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