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Aquecimento global aumentou número de ursos grolares, híbrido de urso polar com urso pardo

As mudanças climáticas trazem uma série de alterações na biodiversidade do planeta, desde habitats que se tornam hostis, até mortes em massa de animais. No entanto, um efeito colateral e inesperado do aquecimento global é o surgimento de espécies híbridas na natureza, como é o caso dos ursos grolares, a mistura dos ursos polares com os ursos pardos.

Essa espécie exótica, também conhecida como urso pizzly, foi vista pela primeira vez na natureza em 2006, mas com o aumento da temperatura e o derretimento de geleiras, a população desses animais tem aumentado. Isso acontece porque os habitats das duas espécies, que costumava ser bastante diferente, tem se sobreposto em cada vez mais locais.

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Ao mesmo tempo em que o calor mais perto do Equador tem empurrado o os ursos pardos para o norte, os ursos polares, que vivem no Ártico, estão descendo para o Equador em busca de alimento, já que o gelo de seu habitat natural tem derretido cada vez mais rápido e os maiores predadores do Polo Norte têm ficado sem opções de alimento.

Acasalamento oportunista

Ao que parece, o acasalamento das diferentes espécies não tem ocorrido exatamente por acaso, com a indicação de que os ursos polares e os ursos pardos estejam praticando o acasalamento oportunista. Um estudo de 2017 documentou que pelo menos oito ursos grolares era crias de apenas uma fêmea de urso polar e dois ursos pardos.

“Sabemos sobre os pizzlies há algum tempo, mas sua ocorrência pode ser mais comum com o aquecimento do Ártico em curso”, declarou Larisa DeSantis ao portal americano Gizmodo. “Os ursos polares estão cada vez mais tendo que procurar outras fontes de alimento, quando a caça de focas no gelo marinho se torna insustentável”, completa DeSantis.

Derretimento do gelo do Ártico está deixando os ursos polares sem alimentos em seu habitat. Crédito: Paul Nicklen

Larisa DeSantis comenta que os ursos pardos e os polares têm em comum o fato de se reunirem em locais com carcaças de baleias. E como seu parentesco é relativamente recente, com um ancestral comum datando de cerca de 500 mil anos, eles conseguem se reproduzir, assim como acontece com leões e tigres, por exemplo.

No entanto, os pesquisadores ainda não sabem se esses híbridos são capazes de sobreviver na natureza ou se reproduzir entre si ou com seus predecessores. Tudo deve depender de como cada uma das três espécies, tanto as “puras” quanto a híbrida, vão reagir ao habitat proporcionado pelas mudanças climáticas.

Com informações do Gizmodo

Por Olhar Digital

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